É impossível, para mim, desassociar a vida pessoal da profissional e vice-versa. Sou a mesma pessoa fora e dentro do local de trabalho. E assim sendo, é inevitável levar o "trabalho" para casa. Depois de ter sido mãe duas vezes no espaço de 3 anos, revejo-me em cada grávida com todas as suas duvidas e receios e em cada mãe que se preocupa com a saúde dos seus filhos.
Vejo o bom e o mau, e todos os dias, por esse mesmo motivo agradeço a saúde dos meus filhos. Esqueço-me das pestinhas que são e só agradeço. Agradeço serem saudáveis, agradeço terem nascido bem e estarem a crescer bem.
É esse mesmo facto que me levanta da cama, mesmo nos dias em que não durmo ( que são praticamente todos), nos dias que os deixo de manhã cedo e só os vejo à noite. Nos dias que não tenho a mínima paciência para aturar gente mal formada, mal-criada e cheia de manias( que também é praticamente todos os dias). Sou agradecida por caminharem pelo próprio pé, por baterem palminhas, por sorrirem a toda a hora e até pelas birras!
Admiro muito todos os pais que perdem filhos, todas as mulheres que abortam espontaneamente, todos os pais com filhos com problemas de saúde. Admiro ainda mais todos estes que ainda assim, têm força para seguir em frente!
A noticia da gravidez não foi a melhor que poderia ter recebido. Não aceitei logo. Alias, acho que nunca cheguei a aceitar. Conformei-me. Foi difícil convencer a cabeça e o coração que haveria um novo membro na família e mais alguém para amar. Para mim não havia espaço para outro filho: nem na casa, nem no coração. Aquilo que sinto pela Catarina não tem explicação, nem dimensão. É infinito. É grandioso. Depois chegaste e eu pensei que mal olhasse para ti seria tudo diferente. Não, não foi. Estavas ali, pequeno e indefeso e a tua sobrevivência dependia (e depende de mim)mas não senti aquele "bummmm" de amor. Assumo, sem medo do que possam dizer. Afinal de contas isso não muda nada. Não muda o amor infinito que hoje, um mês depois, sinto por ti. Não muda a paixão com que te olho todos os dias. O carinho com que te dou a mama. A emoção que sinto quando já me distingues das outras pessoas, sempre que falo para ti. Hoje não vivia sem t...
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