À nossa volta existe uma pressão para que os nossos sejam tão bons ou melhor que os filhos dos outros! Desde o simples mamar até ao desfralde, são-nos "vendidos" preconceitos e teorias (na sua maioria, absurdas) de que em "x" mês eles têm que falar, andar, comer de faca e garfo, saber dizer obrigado e pedir desculpa. Saber que num restaurante não se saí da mesa ou que num supermercado não se tiram coisas das prateleiras.
Antes de ser mãe, como aqui já disse, tinha a mania de usar a expressão "se fosse meu filho", expressão essa que engoli mal tive a minha primeira filha! Isso não existe, cada criança é diferente. Os meus dois filhos são diferentes.
Começou por ser incomodativo para mim quando a Catarina, com um ano, não dizia nada e os primeiros passos vieram ainda nesse mesmo mês, o do primeiro aniversário. A pergunta de alguém que vê um bebé na rua, num convívio de amigos ou de família é sempre em torno das habilidades que a criança já tem! ( já para não falar na comparação de pesos e alturas).
Quando a Catarina começou a juntar palavras e a formar frases, trocava sílabas e como qualquer outro bebé que está a aprender a falar, dizia as coisas de forma que só em Tóquio alguém a podia entender! Com o passar do tempo percebi que iria ser um processo demorado, mas encarei a situação sem grandes preocupações. A verdade é que pelo caminho ouvi sempre a " terapia da fala" e quase cedi! Mas, hoje, tenho a certeza que fiz o correcto. Dei-lhe o que precisava: tempo!
Hoje, dias depois de completar 4 anos e ainda com alguns verbos mal conjugados e palavras vindas de um dialeto já extinto, forma frases( com bastante lógica, até demais), fala pelos cotovelos, e já diz o seu nome sem que lhe falte o "r"!!
Sim ela chama-se CataRina!
É uma grande conquista!!
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