Desde que a C. nasceu que recebo olhares reprovadores sobre a forma como desempenho o meu papel de mãe.
Desde de indiretas a diretas , já ouvi de tudo um pouco. Quem conversa comigo sobre o assunto " ser mãe" sabe que eu faço o que acho melhor, e muitas vezes ajo por instinto (que é como eu acho que deve ser), e não me chateio muito com a opinião alheia.
Mas, esta semana dei por mim a pensar que eu como mãe e mulher nunca opino (de forma abusiva) sobre as mães, pais e filhos dos outros. Então, pensei se eu não me intrometo na vida dos outros, qual é a necessidade de estarem sempre a opinar sobre a minha?!
Um dos assuntos que mais causa confusão é o facto de expor os meus filhos nas redes sociais. Ora, o facebook é para ter amigos que já são amigos (pelo menos para mim), não tenho ninguém no facebook que não seja amigo ou familiar. Logo por aí, quem vê as minhas fotografias são somente essas pessoas. Claro que há perigo dos hackers e bla bla bla... mas perigo há até dentro de casa, se for a pensar assim amarro os miúdos a mim e andam sempre comigo não vá o diabo tece-las.
Ah e tal "as crianças quando crescerem vão ficar constrangidas com o que publicas". Os meus filhos são isso mesmo: Crianças, como tal têm atitudes de quem tem 3 anos (no caso da C.), quem me dera a mim que na minha altura os meus pais tivessem tantos meios para registar e publicar o meu crescimento. Fui ensinada a ser a primeira a rir-me de mim própria, sem constrangimentos e complexos parvinhos.
No entanto, como mãe não critico quem opta por não o fazer. É uma opção e um direito! Mais nada!
No que respeita aos restantes cuidados e educação pesquiso, leio, troco ideias e informo-me da melhor forma. Sobretudo leio muito testemunhos de outras mães. Acho que melhor que pediatras, quem percebe de bebes são as mães. Os pediatras estão lá para ajudar, informar e apoiar clinicamente. O resto do trabalho é nosso. A preocupação é nossa. Os filhos são nossos.
Tento sempre resolver problemas de saúde sem recorrer a medicamentos, sou absolutamente contra mães (embora, lá está, não me meto) que enchem filhos de medicações sem ser necessário. Sou contra (mas não me meto) pais que são excessivamente cuidadosos e protetores. Sou contra pais (mas não me meto) que deixam os meninos fazerem tudo que querem. Sou contra pais (mas não me meto) que só fazem o que o pediatra manda.
Como vêm, também, sou contra muita coisa, mas não me meto. Cada criança tem um pai e uma mãe que sabe o que é melhor para si.
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