Avançar para o conteúdo principal

Visitas ao blog

Se fosse meu filho...

  Uma das coisas que aprendemos rapidamente após sermos mães é que o "se fosse meu filho" não se diz!

  Provavelmente antes de ter sido mãe proferi estas palavras, mas não. Não se diz!

 Os filhos, independentemente da educação que se dá, são um totoloto. Quando o Miguel crescer mais um pouquinho vou conseguir comparar e depois conto-vos. Para já a Catarina é a peste cá de casa. 
  Digo, muitas vezes, que enquanto bebé sempre foi uma santa. O pior... o pior estava para vir. Penso que ela ficou assim quando percebeu que tinha sido promovida a mana mais velha. E provavelmente foi! Fazer o quê? 
  Na realidade para uma menina de 2 anos (praticamente 3, embora ainda não os tivesse feito) foram muitas mudanças. Numa semana nasceu o irmão, na outra foi para a pré-primaria. É muita emoção para um coraçãozinho de 3 anos!
  O primeiro mês foi muito complicado para ir para a escolinha, complicado para não dizer desesperante. Embora continue a não gostar da escola, palavras dela (e que eu entendo ahah) é mais fácil leva-la. Agora o difícil é traze-la para casa (e não é por gostar da escola).
São birras atrás de birras. 
Esperneia-se (se é que esta palavra existe) no meio do pátio do prédio como se não houvesse amanhã. 
Ir ás compras é quase impossível, podia leva-la, mas assim evitam-se vergonhas em publico. Sim, porque o pessoal adora um bom drama familiar, fica tudo a olhar.. um espetaculo! Então, se lhe dou uma palmada, ou duas.. ou três, sim , que eu quando dou não faço por menos. Merece e ponto final! Não lhe bato gratuitamente e normalmente quando o faço já estou "cega" com ela! E sim, sou a favor de umas palmadas, também levei (embora poucas, até as consigo contar pelos dedos de uma mão, a contar com uma que levei e veio tão rápido da mão pai que nem a vi, só senti! lol). 
  Desde as 36 semanas de gravidez não sei o que é dormir uma noite inteira, isto tirando aquelas que não durmo mesmo! Quem é que as 3h da manhã com um bebé de meses, sono e cansaço tem estofo para ouvir durante largos minutos o choro de alguém que o está a fazer por mimo? Desculpem as mamas mais fofinhas, mas EU NÃO! Fico mais possuida que a rapariga do Exorcista e a minha vontade é meter-lhe fita cola na boca ou um pano como nos filmes em que as pessoas são raptadas, estão a ver a cena?? É isso! 
Depois volto a mim, respiro fundo e tento acalma-la. Claro está que com isto tudo o piolho mais pequeno já voltou a acordar. Entretanto tento acalmar a bela adormecida, esta volta a dormir e vou adormecer o outro novamente! Há muitas noites assim, muito bom não é? Oh yeahh!
  É mazinha, e muito do que faz é pensado (se é) como não sabe o que fazer para chamar á atenção bate no que lhe aparecer á frente (e normalmente ela tenta que seja o irmão a estar a frente dela). 
 Passo vergonhas. Muitas, principalmente com quem vem cá a casa. Desculpem! Eu sei, se fosse vossa filha, era diferente! 
  Por estes dias, depois de virar o leite todo no chão da cozinha ao lanche, ao jantar vira o sumo. Para mais uma vez não me chatear disse-lhe " Agora vai ser tu a limpar o chão!" ao que ela responde " não sou tua criada" (isto é o que lhe digo quando tenho que arrumar as coisas dela). Ora bem... ralho-lhe? ou riu-me? Pois! No primeiro minuto respondi-lhe torto, mas depois disfarçadamente ri-me!

  Tenho esperança que isto seja só uma fase!
 Mas se fosse minha filha... ah se fosse minha filha.....

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Coração a dobrar

A noticia da gravidez não foi a melhor que poderia ter recebido. Não aceitei logo. Alias, acho que nunca cheguei a aceitar. Conformei-me.  Foi difícil convencer a cabeça e o coração que haveria um novo membro na família e mais alguém para amar.   Para mim não havia espaço para outro filho: nem na casa, nem no coração. Aquilo que sinto pela Catarina não tem explicação, nem dimensão. É infinito. É grandioso.  Depois chegaste e eu pensei que mal olhasse para ti seria tudo diferente. Não, não foi. Estavas ali, pequeno e indefeso e a tua sobrevivência dependia (e depende de mim)mas não senti aquele "bummmm" de amor. Assumo, sem medo do que possam dizer. Afinal de contas isso não muda nada.  Não muda o amor infinito que hoje, um mês depois, sinto por ti. Não muda a paixão com que te olho todos os dias. O carinho com que te dou a mama. A emoção que sinto quando já me distingues das outras pessoas, sempre que falo para ti.   Hoje não vivia sem t...

Os meus partos - Violencia obstetrica

  Acho que nunca fiz o relato do meu parto (dos dois), aqui no blog. Hoje, vi um vídeo sobre violência obstétrica, embora seja um tema controverso, darei a minha opinião. Este texto terá apenas a ver com a minha experiência, repito MINHA! O parto da Catarina (o meu primeiro parto):   Após ter passado a noite inteira com contrações de meia em meia hora (certinhas), por volta das 6h30 da manhã e depois de uma contração, notei que estava a sangrar um pouco. Como mãe de primeira viagem, sem saber o que era dirigi-me para as urgências. Depois do CTG, na consulta (e ainda nem me tinha sentado) o médico disse que eu estava muito bem, que não haviam contrações e que me ia mandar para casa. Expliquei-lhe a minha noite (LOL), então decidiu fazer o toque. Estava com 5cm de dilatação (para espanto dele) :) E já não me deixou sair. Como não tenho por hábito armar-me em atriz e fazer um teatrinho, mantive-me calada e quieta. Burra!!! Todas as que estavam a gritar foram á minha...

Filhos: medo... muito medooooo

  Estes dias (e a poucos de regressar ao trabalho) dei por mim a pensar em tudo aquilo que um filho traz de novo á nossa vida.   Dei por mim a pensar nos medos que tinha ou não, antes de ser mãe. Na verdade cheguei á conclusão que não tinha medos, pois descobri que os medos vêm quando temos filhos.    Tudo aquilo que eu temia antes de ser mãe, passei a enfrentar depois de o ser. O verdadeiro medo é um: o perder os nossos filhos. O lhes acontecer algo de mal. No outro dia em conversa disse a uma amiga que o medo não é só na gravidez (só começa), vai-nos perseguir para o resto da vida, mas faz parte. E é mesmo assim que penso.    Descobri que ser mãe é andar com o coração nas mãos. Duplamente nas mãos, no meu caso.   Quando tive a Catarina passei a viver numa bolha. Uma bolha de amor. Deixei de ser eu (a Catarina filha) e passei a ser a Mãe. Bolas, ainda há uns anos a filha era eu! Sabia lá eu que isto era tão complexo e tão difícil. Mas tão bom...