Antes de ser mãe o tema filhos nunca passou muito pelas minhas conversa, apesar de sempre tomar em atenção as experiências das minhas colegas com filhos pequenos.
Ao longo da gravidez da Catarina fui-me apercebendo que toda a gente percebe muito de gestações, bebés e crianças no geral... principalmente quando se está a falar no filho dos outros!
Ouvi de tudo. Como eram os meninos, as meninas, a sua influência no tamanho e forma da barriga, na pele da mãe; fui "proibida" de cheirar tudo e mais qualquer coisa, não fosse a rapariga nascer com cara de qualquer coisa estranha;fui "proibida de me baixar; de pegar em pesos, etc.
Mas era vê-las(os) doidas quando eu dizia que não era imune á toxoplasmose e comia alface em todo lado, enchidos, etc.. E continuo a não ser. Novidades? nenhuma continuo a comer de tudo. Continuo não imune, mas também não a tenho. Sorte? como quiserem chamar. Eu chamo a isto não atrair o mal. Acho que não devemos encarar a gravidez como uma doença. Apesar de no meu caso não ser propriamente um mar de rosas. Claro que se fosse dramatizar com estas coisas então seria um inferno.
Quando ela nasceu, ui... coragemmmmm.
- Tens leite? de certeza? mas é bom?
- Sim, sou uma boa vaca, pelos vistos. Ela não emagreceu uma única grama desde que nasceu. Nos primeiros dias, se ela assim desejasse, mamava de 1h30 em 1h30. A miúda passou fome lá dentro, tenham dó dela.
- Não a acordas de noite para mamar? really?? À noite é para dormir, não é para comer. Se a miúda quer dormir, fixe. Melhor para ela e para mim.
- Não vais dar as 500 mil vacinas que existem? Nop, toma só as que precisa.
- Febre? vai já à urgência. Claro que sim. É que é já a seguir.
- Os dentes não dão febre! quem é que conhece melhor a minha filha eu ou os médicos. Afinal a mãe sou eu. E sim, os dentes dão febre sim senhora!
Medicamentos? só em casos de gravidade não quero uma viciada em casa!!! Vigantol depois de um ano? Ela já é muito vitaminada, ah e saudável também.
Anda descalça todo o tempo, é tipo Gabriela "sapatinho não"; no verão anda quase nua em casa; anda na terra em casa dos avós, mexe nos animais. Ah... algo que chocava as mães mais sensíveis e que me lançavam olhares fulminantes: biberões esterilizados? só até ao primeiro ano, chucha caiu? meteu na boca? paciência o que não mata engorda.
- Caiu? é melhor fazer Rx.
Como?? Caí muitas vezes, abri a testa e nem pontos levei. Com ela será igual.
Claro que tem que haver bom senso.
Tinha uns 12 meses quando no banho reparei que o inicio do crânio dela não era como o meu. Andei feita doida a apalpar cabeças e durante dois meses não comentei com ninguém.
Quando percebi que a forma se mantinha, mesmo sempre achando que não seria nada procurei ajuda e confirmou-se, não era mesmo nada.
A "moleirinha" fechou cedo e ficou assim.
Não é defeito, é feitio.
Se fiquei assustada? Sim, quando me dizem a sangue frio "se calhar tem um tumor!" é caso para isso. Mas não tremo na frente de ninguém. As pessoas gostam de ver mães a tremer.
Tenho uma criança com quase 3 anos que nunca esteve doente de cama, que no máximo faz dois dias de febre, que sempre foi perfeitamente saudável... apesar de eu ser aquilo a que chamam desleixada, mas a que eu chamo sensata.
E claro está... em equipa que ganha não se mexe. O M. será tratado da mesma forma.
Não, ainda não foi para a escola. Sim , eu sei que quando for provavelmente o cenário muda. Comigo foi assim. Aos cinco anos entrei no infantário e foi mais o tempo que passei a levar penicilina do que o que passei no dito infantário. Estou aqui! Rija! Faz parte do processo de crescimento e nenhum dos meus filhos será excepção.
Aprendi que não se discute filhos, nem a criação dos mesmos.. . portanto isto é só um desabafo sobre os meus, sem intenção de ferir susceptibilidades.
Aprendi que não se discute filhos, nem a criação dos mesmos.. . portanto isto é só um desabafo sobre os meus, sem intenção de ferir susceptibilidades.
Como diz o Boss AC:
"Sei que vou errar, mas que erre o melhor que souber"
Nem de propósito:
http://visao.sapo.pt/opiniao/em-sincronizacao/2016-06-09-A-estranha-doenca-dos-pais-obcecados
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