Estes dias (e a poucos de regressar ao trabalho) dei por mim a pensar em tudo aquilo que um filho traz de novo á nossa vida. Dei por mim a pensar nos medos que tinha ou não, antes de ser mãe. Na verdade cheguei á conclusão que não tinha medos, pois descobri que os medos vêm quando temos filhos. Tudo aquilo que eu temia antes de ser mãe, passei a enfrentar depois de o ser. O verdadeiro medo é um: o perder os nossos filhos. O lhes acontecer algo de mal. No outro dia em conversa disse a uma amiga que o medo não é só na gravidez (só começa), vai-nos perseguir para o resto da vida, mas faz parte. E é mesmo assim que penso. Descobri que ser mãe é andar com o coração nas mãos. Duplamente nas mãos, no meu caso. Quando tive a Catarina passei a viver numa bolha. Uma bolha de amor. Deixei de ser eu (a Catarina filha) e passei a ser a Mãe. Bolas, ainda há uns anos a filha era eu! Sabia lá eu que isto era tão complexo e tão difícil. Mas tão bom...