Avançar para o conteúdo principal

Visitas ao blog

Que me desculpem os pais


Que me desculpem os homens, mas...

  Ser pai não é ser mãe. 
Se fosse a mesma coisa não eram precisos os dois. Bastava a mulher querer, ou o homem querer. 
  O pai não carrega nove meses. O pai não sabe o que são pontapés na barriga. O pai não entra em trabalho de parto (e ainda bem, senão a taxa de morte aumentava em flecha). 
O pai não amamenta. O pai não sabe porque choram. Há pais que sabem! Das duas uma:  ou porque gostam do que estão a fazer (tanto como uma MÃE e são uma raridade) ou porque (na maioria) gostam de se sentir superiores ás mulheres na tarefa da parentalidade (porque também se acham superiores nas restantes tarefas).
  Se ser pai fosse o mesmo que mãe porque raio é que tínhamos que ser nós a te-los, a passar por toda aquela dor, porque raio é que tínhamos que ser nós a amamenta-los???  Se fossem tão bons a MÃE Natureza tinha-vos concedido esse privilégio. Só que não!!!
  Isto em relação á entrevista do Gustavo Santos. O rapaz disse aquilo que muitos dos vossos maridos pensa mas não dizem. Concordo? Não. Os filhos deveriam ser sempre uma prioridade. Mas antes dos filhos? Já existíamos! Já tínhamos pai, mãe, namorado, casa, carreira etc.. certo? Entendo-o, mas não imagino pôr o meu companheiro á frente dos meus filhos. Mas isso sou eu. Não somos todos iguais. Ele não disse que ia deixar o filho passar fome, que lhe ia bater, que o ia violar, que o ia dar para adoção, ele não disse que não lhe ia dar amor. Ele só disse que a mulher estava em primeiro! Voltamos ao mesmo. Claro que a mulher está em primeiro, foi ela que trouxe á vida o filho (dele). É ela que cuida do filho dele, que o alimenta! Já imaginaram o filho (dele) crescer sem mãe , sem a MULHER DELE????

A única coisa que nunca hei-de entender, é compararem um cão a um filho! já tive cães, tenho filhos. NADA A VER GENTE!

MAIS UMA VEZ É SÓ A MINHA OPINIÃO. 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Coração a dobrar

A noticia da gravidez não foi a melhor que poderia ter recebido. Não aceitei logo. Alias, acho que nunca cheguei a aceitar. Conformei-me.  Foi difícil convencer a cabeça e o coração que haveria um novo membro na família e mais alguém para amar.   Para mim não havia espaço para outro filho: nem na casa, nem no coração. Aquilo que sinto pela Catarina não tem explicação, nem dimensão. É infinito. É grandioso.  Depois chegaste e eu pensei que mal olhasse para ti seria tudo diferente. Não, não foi. Estavas ali, pequeno e indefeso e a tua sobrevivência dependia (e depende de mim)mas não senti aquele "bummmm" de amor. Assumo, sem medo do que possam dizer. Afinal de contas isso não muda nada.  Não muda o amor infinito que hoje, um mês depois, sinto por ti. Não muda a paixão com que te olho todos os dias. O carinho com que te dou a mama. A emoção que sinto quando já me distingues das outras pessoas, sempre que falo para ti.   Hoje não vivia sem t...

Os meus partos - Violencia obstetrica

  Acho que nunca fiz o relato do meu parto (dos dois), aqui no blog. Hoje, vi um vídeo sobre violência obstétrica, embora seja um tema controverso, darei a minha opinião. Este texto terá apenas a ver com a minha experiência, repito MINHA! O parto da Catarina (o meu primeiro parto):   Após ter passado a noite inteira com contrações de meia em meia hora (certinhas), por volta das 6h30 da manhã e depois de uma contração, notei que estava a sangrar um pouco. Como mãe de primeira viagem, sem saber o que era dirigi-me para as urgências. Depois do CTG, na consulta (e ainda nem me tinha sentado) o médico disse que eu estava muito bem, que não haviam contrações e que me ia mandar para casa. Expliquei-lhe a minha noite (LOL), então decidiu fazer o toque. Estava com 5cm de dilatação (para espanto dele) :) E já não me deixou sair. Como não tenho por hábito armar-me em atriz e fazer um teatrinho, mantive-me calada e quieta. Burra!!! Todas as que estavam a gritar foram á minha...

Filhos: medo... muito medooooo

  Estes dias (e a poucos de regressar ao trabalho) dei por mim a pensar em tudo aquilo que um filho traz de novo á nossa vida.   Dei por mim a pensar nos medos que tinha ou não, antes de ser mãe. Na verdade cheguei á conclusão que não tinha medos, pois descobri que os medos vêm quando temos filhos.    Tudo aquilo que eu temia antes de ser mãe, passei a enfrentar depois de o ser. O verdadeiro medo é um: o perder os nossos filhos. O lhes acontecer algo de mal. No outro dia em conversa disse a uma amiga que o medo não é só na gravidez (só começa), vai-nos perseguir para o resto da vida, mas faz parte. E é mesmo assim que penso.    Descobri que ser mãe é andar com o coração nas mãos. Duplamente nas mãos, no meu caso.   Quando tive a Catarina passei a viver numa bolha. Uma bolha de amor. Deixei de ser eu (a Catarina filha) e passei a ser a Mãe. Bolas, ainda há uns anos a filha era eu! Sabia lá eu que isto era tão complexo e tão difícil. Mas tão bom...