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Dia da Mãe

Há três anos que sou mãe! 
Isso são muitos dias! 
Muitas horas! 

Muito trabalho!
Muito AMOR!

Há três anos que deixei de dormir aquilo que preciso, que me faz ficar de bom humor.

Há três anos que as preocupações são muitas.

Há 8 meses que as preocupações dobraram e o amor multiplicou!


Há 8 meses que as manhãs são difíceis e as noites se contam de 3h em 3h. 

Entre vestir um e outro. Entre um virar o leite na mesa e no chão da cozinha e o outro bolsar na roupa. 
Entre uma camisola que aperta no pescoço e faz cocegas na barriga, umas meias que fazem "impressão", há um sorriso, uma piadola esperta dos 3 anos e meio, um ajudar a abrir a porta do elevador para o carrinho do irmão passar. Há um gargalhar sincero no pico dos seus poucos meses, um teatrinho para chamar a atenção. E uma despedida de horas. 

É nessa despedida que peço sempre para poder voltar a casa e os ter comigo, ainda que aos gritos e a fazer birra. Ainda que todos sujos e sonolentos. Mas com o mesmo amor que os deixei no inicio do dia.

O amor que me faz olhar para eles e agradecer todos os dias pela escolha que fiz, pela surpresa da chegada de um deles. 
Pelas manhãs de ronha, pela desarrumação que me faz perder a cabeça, pela a agitação que duas crianças trazem a um lar. Pela alegria das brincadeiras. Pela sinceridade dos sorrisos, pelos abraços calorosos!


Reclamar é legitimo. As mães têm essa legitimidade. Afinal de contas somos tanta coisa ao mesmo tempo! 

Temos sim, o direito de reclamar de noites em branco, de casas desarrumadas, paredes riscadas, batons partidos e uma lista vasta de asneirolas que ora têm piada, ora nos deixa de cabelos em pé! Reclamar não significa nada! É apenas o reflexo de cansaço extremo que criar filhos trás.

Sou mãe há três anos.
 
Acredito na velha máxima de que "quando nasce uma criança nasce também uma mãe" 

Não sou mãe só no primeiro Domingo do mês de Maio. 

Mas sabem que mais? É sempre bom saber que há pelo menos um dia em que as mães são homenageadas! 



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