Passou quase um ano desde o nascimento do Miguel.
Passaram 10 meses.
Longos 10 meses, na perspetiva do dia a dia.
Mas rápidos 10 meses, quando olho para ti e te vejo tão grande.
Dois é a dobrar.
Têm sido meses de cansaço extremo.
Essa é a verdade, pura e dura.
Meses de manhãs agitadas, loucas diria!
Meses de casa - escola - trabalho e do inverso.
Meses em que nem sempre (quase nunca) há disposição para fazer almoço e jantar.
Meses de banhos seguidos de sopas, seguidos de musicas para dormir (ou tudo misturado, ou sem banho ou sem sopa).
Meses em que me esqueci de mim. Esqueci-me de que para ser mãe precisava de estar bem, de estar disponível e sobretudo de ter saúde.
Nunca fui de me preocupar com doenças.
Sempre fui saudável. Nunca fiz por isso, é certo.
Não como bem, não faço exercício e agora... agora não descanso.
Sempre gostei de dormir, mais da conta até. Agora durmo menos do que seria de esperar.
As noites são feitas de 3 em 3.
O stress está presente a toda a hora.
Mas eu não sabia... eu não quis saber (é a verdade)
E agora dizem-me que a tiroide está descontrolada? Essa gaja devia ter dois filhos a ver o que é bom!
(Parei de escrever porque pediste colo. Peguei em ti e fechaste os olhos. Assim ficaste ao som da Xana Toc Toc, de quem és fã! Sei que não vale a pena me iludir, daqui a umas duas horas estás nos meus braços de novo)
Percebi, com o passar destes dias que não é algo para ser levado levianamente.
Tenho medicação para tomar e infelizmente já percebi o que acontece se não a tomo!
Isto tudo para dizer que a minha preocupação numero UM foi/é estar bem para poder cuidar dos dois. A preocupação numero DOIS é tentar que a função de mãe não me faça descurar de todas as outras.
Talvez a maior das aprendizagens de ser mãe, é saber se-lo ao mesmo tempo que somos tudo o resto.
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